sábado, 22 de novembro de 2008

O crescimento brasileiro

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) analisou o desenvolvimento de um grupo de10 países, o Brasil só supera África do Sul e Argentina em crescimento econômico de 1975 a 2005.

Nosso PIB per capita cresceu 35,6%, nesses 30 anos, e perdeu para o crescimento de China (896%), Índia (174,3%), Finlândia (88,5%), EUA (88,2%), Espanha (85,3%), Alemanha (79,8%) e México (49%).

Apesar do fraco crescimento, o país triplicou o consumo de energia elétrica. Já a China foi mais eficiente: cresceu quase dez vezes, mas aumentou o consumo de energia oito vezes. A Finlândia com PIB quase dobrado passou a consumir três vezes mais energia.

No quesito investimento na formação de capital fixo entre 1995 e 2004, a Rússia também entrou no grupo em análise, e o Brasil caiu para a nona posição, superando novamente apenas Argentina e África do Sul.

Esses números fazem parte do Comunicado da Presidência nº 15, "Desenvolvimento e Experiências Internacionais Comparadas", apresentado hoje pelo pesquisador Milko Matijascic, que coordenou o estudo. O painel traz dados sobre competitividade, eqüidade e sustentabilidade.

Em dez dos 11 países, as doenças cardiovasculares e os diversos tipos de câncer são as principais causas de morte. Com exceção da África do Sul, onde dispara a Aids. Na Índia, destacam-se as doenças parasitárias e infecciosas. O Brasil é o primeiro em mortes violentas; a Alemanha, a última.

fonte : site do IPEA

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Congo - Conditional Critical: voices from the war in eastern Congo


Assistam - http://www.condition-critical.org/ é fundamental pelas belas fotos e pela temática.
No dia da consciência negra, onde comemoramos os avanços na questão do negro e lembramos o quanto ainda é necessário caminhar em busca da igualdade. Esse curta metragem é extremamente pertinente.
Ano passado, nesta mesma data, escrevi o seguinte: http://geogordo2.blogspot.com/2007/03/dia-20-de-novembro.html
A minha identidade com a África e suas tradições é cada vez mais forte e a dor que me toca pelo que ainda acontece lá, é tão forte quanto a que sinto pelo que acontece aqui.


OBS : Mauricio - Muito Obrigado.
Salve Oduduwa ( nosso pai ancestral), Salve Zumbi; Salve João Candido; Salve Iya Nassô, Salve Mãe Menininha, Salve Pierre Fatumbi Verger, Salve Luis Carlos da Vila, tantos outros.. negros, mulatos e mestiços, enfim, brasileiros que se reconhecem como frutos de uma rica raíz africana.

A história das Coisas - a questão ecológica






Hoje já é consenso que a crise ambiental e seus efeitos transcedem as fronteiras nacionais. As diversas conferencias ambientais evidenciaram a insustentabilidade do modelo de desenvolvimento adotado por todas as nações e defendidas pelas potências centrais. O desenvolvimento sustentável, então, surge como alternativa que busca, a superação da pobreza; a satisfação das necessidades básicas de alimentação, saúde, habitação; a busca por uma matriz energética que privilegie fontes renováveis;o uso mais equilibrado dos recursos; etc.


A pobreza e a degradação ambiental estão relacionados, a questão ambiental não pode ser dissociada da questão humana/social, são duas faces da mesma moeda. O modelo de desenvolvimento predatório, ecologicamente perverso e politicamente injusto está esgotado, temos que buscar uma nova ética que supere o economicismo que contamina o pensamento contemporâneo sobre o processo de desenvolvimento. A sustentabilidade do modelo de desenvolvimento depende do Estado e não do mercado ( do capital) , este último busca respostas vinculadas as possibilidades imediatas de lucro, o que normalmente se choca com a sustentabilidade. O Estado deve ser o gestor e não o mercado!!!


O nosso entendimento do que é ser desenvolvido deve superar a visão consumista, ou então, estaremos fadados a conviver com a degradação continua de nossas vidas e do nosso ambiente.


Cabe lembrar que a sustentabilidade do desenvolvimento exige, quase por definição, a democratização do Estado e não o seu abandono e substituição pelo mercado.



Sobre o tema assistam - http://www.youtube.com/watch?v=lgmTfPzLl4E .... simplesmente MARAVILHOSO


domingo, 16 de novembro de 2008

O massacre em Darfur continua


O governo do Sudão continua permitindo a ação dos milicianos da Janjaweed. Quando o mundo vai agir? Nunca? São negros, são muculmanos, são africanos. As suas vidas importam, seus gritos são ouvidos?

Visitem o site da Human Rights Watch e vejam o video sobre Darfur.

http://www.hrw.org/sites/default/files/features/darfur/index.html

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A dor do gigante - a crise financeira internacional


Foi um enorme prazer ler este texto escrito por Rui Alves. Há algum tempo, tento tentado escrever sobre a crise, de forma leve e de fácil entendimento, ao ler este texto percebi que era desnecessário o esforço.


Como começou?

Em economia, dizemos que todas as crises financeiras são precedidas por bolhas. A dessa crise financeira foi uma bolha de crédito. Em 2001, o Federal Reserve, o Banco Central Americano, diminuiu a taxa de juros de 6% ao ano para 1% ao ano, com o objetivo de estimular a economia americana. Esse dinheiro fácil inundou o mercado, dobrou o valor das residências e estimulou as empresas a empréstimos sem créditos e garantias.Por conta disso, as agências de hipoteca americanas (financiamentos imobiliários) passaram emprestar em demasia a pessoas que não tinham como pagar a dívida. Essa medida contava com apoio político, pois atingia camadas mais pobres e incentivava a “moradia popular”. Além disso, esses empréstimos eram vendidos com desconto a bancos e seguradoras.Com o aumento da taxa de juros para conter a inflação, as prestações aumentaram e a inadimplência se elevou bastante. Foi a famosa crise subprime (submerso).


O que aconteceu?Ela atingiu em cheio o coração do sistema financeiro, cada vez mais central no capitalismo. Sem o fluxo normal de crédito, a máquina da economia global ficou asfixiada.Em 2008, as conseqüências desta inadimplência surgiram, inicialmente envolvendo as agências hipotecárias, posteriormente os bancos que compraram papéis dessas agências (bancos de investimento)... Em abril, o Federal Reserve (Fed), resolveu emprestar dinheiro para um dos mais tradicionais bancos de investimento da Wall Street (bolsa americana): o Bear & Stearns. O objetivo era evitar a quebra desse banco. Ele acabou sendo vendido ao J.P.Morgan por uma fração do seu valor.Há alguns dias, o Federal Reserve também “salvou” e assumiu o controle de duas das maiores empresas que garantiam créditos imobiliários no país (Fannie Max e Freddie Max). Depois dessas ‘operações de emergência’, porém, iniciativas semelhantes não ajudaram a evitar a quebra de outro gigante dos bancos de investimento, o Lehman Brothers. Isso resultou na MAIOR FALÊNCIA da história dos Estados Unidos (US$ 600 bilhões em capital).Foi o pânico! Para evitar o colapso total, o Fed foi obrigado a entrar em ação comprando a AIG seguradora (compra de US$ 85 bilhões). E por que a AIG quebrou? Ela oferecera US$ 430 bilhões numa espécie de seguro (credit default swaps – instrumento financeiro muito arriscado lançado pelos bancos americanos para se proteger da inadimplência) para instituições que tivessem para receber seus créditos imobiliários. Com a inadimplência, ficou evidente a busca para receber esse seguro e, com isso, a AIG não teve como pagar.Por último, uma das aplicações americanas de investimento mais seguras (fundo de poupança), definida como money market, anunciou que, pela primeira vez, pagaria a seus investidores menos do que eles haviam investido. Para se ter uma noção, esses fundos de poupança reúnem mais de US$ 3 trilhões de reservas dos americanos. Para se fazer uma analogia, seria como se a poupança no Brasil desse prejuízo.Resumindo: o custo dos empréstimos entre os bancos cresceu 16 vezes nos últimos 18 meses, porque as instituições financeiras não confiam mais uma nas outras e preferem ter dinheiro em caixa. Se os bancos não emprestam dinheiro entre si, também não emprestam para as indústrias, para os serviços e para as pessoas (consumidores). Até que a crise financeira acabe, a economia global não vai se recuperar. Setores considerados motores da economia, como a construção civil e o setor automobilístico, dependem de crédito e atravessam forte desaceleração. Como os Estados Unidos são a maior economia do mundo, a diminuição do consumo de sua população provocará queda nas importações provenientes de países como China, Índia e Brasil.


Como está se resolvendo?


A solução imediata para tentar controlar o incêndio foi lançar um pacote americano para tirar do mercado os papéis sem lastro que contaminam os balanços das empresas financeiras e paralisam o crédito. Esse pacote custará “centenas de bilhões de dólares” ao contribuinte americano.
O objetivo principal nessa situação precisa ser a passagem de confiança ao mercado. Se o pacote americano tiver sucesso, permitirá que a economia volte a respirar e a caminhar. Posteriormente, o governo e as empresas terão de se moldar à nova situação, com padrões mais limitados de financiamento. O sistema terá de excluir suas dívidas e papéis ruins. Todos esses fatores terão de ser acompanhados de perto pelos governantes.
Além disso, pela primeira vez, de forma coordenada, os quinze países da zona do euro, incluindo as duas maiores potências econômicas do bloco - Alemanha e França - lançaram em Paris um pacote de medidas para enfrentar a crise financeira global. Eles vão comprar participações em bancos. Haverá a compra de papéis da dívida e garantia dos empréstimos entre bancos até 31 de dezembro de 2009, praticamente paralisados com a crise de crédito, para assegurar capital e liquidez às instituições financeiras. Outra decisão importante: nenhum país deixará seus grandes bancos falirem.


Como está o efeito no Brasil?


Nos últimos anos, a economia do Brasil tem se solidificado muito, favorecida pelo forte crescimento do setor econômico mundial. É lógico que, piorando o quadro da economia mundial, a situação por aqui vai piorar também.
A maior parte da expansão do PIB (Produto Interno Bruto) vem do mercado interno. Somente cerca de 15% vêm das exportações, área mais afetada pela crise.
No início, os problemas estavam ligados apenas às bolsas (campo financeiro). Nas últimas semanas, a crise começou a contagiar o setor produtivo, atingindo as exportações e o crédito externo.Para atenuar esse problema, o governo, por meio do Banco Central, injetou mais de R$ 36 bilhões na economia para ajudar bancos médios e pequenos que antes buscavam crédito barato no exterior. Considerações finaisPara atravessar um período complicado como este, os especialistas recomendam que os orçamentos familiares sejam mais austeros, com decisões de consumo e de investimento bem pensadas. Segundo eles, é difícil prever por quanto tempo as incertezas vão se estender, mas com um bom planejamento será possível enfrentá-las com menos danos.


Algumas humildes observações:


Haverá aumento da inflação?Os efeitos da crise sobre os preços são controversos. Produtos importados, como bebidas, alimentos, roupas e eletroeletrônicos, provavelmente sofrerão reajustes em função da alta do dólar. Já as mercadorias de fabricação nacional devem ter pouco ou nenhum aumento, porque o crédito ao consumidor está escasseando e a desaceleração da economia reduzirá a demanda. Com isso, provavelmente, o efeito de contaminação da inflação pela valorização do dólar será pequeno, devido ao desaquecimento, à política monetária previsível e à administração das expectativas pelo Banco Central (monitoração da taxa de juros – SELIC).


Devo aplicar na BOLSA DE VALORES?A forte depreciação do mercado acionário tornou muitas ações baratas, na avaliação dos analistas. Dessa forma, o mercado de ações pode ter boas oportunidades para serem garimpadas. O problema é que ninguém pode afirmar até quando a crise internacional seguirá afetando a Bolsa. Portanto, mais do que nunca, o investidor deve lembrar que investir em ações é arriscado. E que o retorno do investimento pode levar um tempo mais longo para se concretizar. Caso você tenha seu dinheiro aplicado na bolsa, o momento é de esquecê-lo e esperar a volta dos padrões normais das ações.


E a minha viagem de final de ano? Neste momento de turbulência, ninguém se arrisca a fazer previsões para o dólar. Por isso, consultores aconselham o turista que estava planejando viagens internacionais a reavaliar a decisão. Se você quer viajar de qualquer forma e ainda não comprou a passagem, deve fazê-lo imediatamente. Segundo os economistas os preços de pacotes tendem a subir. Já a moeda para gastos no destino pode ser comprada em pelo menos três parcelas, o que aumenta as chances de conseguir um preço mais razoável. Dívidas no cartão de crédito devem ser evitadas.
Por último, é importante reforçar que 'os bombeiros' já estão a postos e agora nos resta esperar que o fogo seja completamente apagado, avaliar os estragos e começar a reconstruir outras relações para o mercado financeiro e a economia globais.



Autor: Rui Alves Gomes de Sá é Diretor de Ensino e professor de Física do Colégio pH e do Curso pH.

Obs: Rui, os nossos alunos e a equipe de Geografia agradecem ... risos... "caiu" na prova da UFRJ.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O Capitalismo e a Vaca


CAPITALISMO IDEAL:
Você em duas vacas.Vende uma e compra um touro.Eles se multiplicam, e a economia cresce.Você vende o rebanho e aposenta-se, rico!

CAPITALISMO AMERICANO:
Você tem duas vacas.Vende uma e força a outra a produzir leite de quatro vacas.Fica surpreso quando ela morre.

CAPITALISMO JAPONÊS:
Você tem duas vacas.Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite.Depois cria desenhinhos de vacas chamados Vaquimon e os vende para o mundo inteiro.

CAPITALISMO BRITÂNICO:
Você tem duas vacas.As duas são loucas.
CAPITALISMO HOLANDÊS:
Você tem duas vacas.Elas vivem juntas, não gostam de touros e tudo bem.
CAPITALISMO ALEMÃO:
Você tem duas vacas.Elas produzem leite regularmente, segundo padrões de quantidade e horário previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa. Mas o que você queria mesmo era criar porcos.

CAPITALISMO RUSSO:
Você tem duas vacas.Conta-as e vê que tem cinco.Conta de novo e vê que tem 42.Conta de novo e vê que tem 12 vacas.Você para de contar e abre outra garrafa de vodka.
CAPITALISMO SUÍÇO:
Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua.Você cobra para guardar a vaca dos outros.
CAPITALISMO ESPANHOL:
Você tem muito orgulho de ter duas vacas.
CAPITALISMO PORTUGUÊS:
Você tem duas vacas.E reclama porque seu rebanho não cresce…
CAPITALISMO ITALIANO:
Você tem duas vacas. Uma é sua esposa e a outra é sua sogra. Porca miséria!
CAPITALISMO HINDU:
Você tem duas vacas.Ai de quem tocar nelas.
CAPITALISMO ARGENTINO:
Você tem duas vacas.Você se esforça para ensinar as vacas mugirem em inglês…As vacas morrem.Você entrega a carne delas para o churrasco de fim de ano ao FMI.
CAPITALISMO BRASILEIRO:
Você tem duas vacas.Uma delas é roubada.O governo cria a CCPV- Contribuição Compulsória pela Posse de Vaca.Um fiscal vem e te autua, porque embora você tenha recolhido corretamente a CCPV, o valor era pelo número de vacas presumidas (duas) e não pelo de vacas reais (uma).A Receita Federal, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro, botões, presume que você tenha 200 vacas e para se livrar da encrenca, você dá a vaca restante para o fiscal deixar por isso mesmo…

fonte:BUZZ

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Frases

"Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores do que o silêncio"
Provérbio Indiano

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Elite Branca - onde chegamos?

Um dos Colunistas do Jornal O Globo, publicou a seguinte nota:


ELITE BRANCA
"A área VIP chegou aos cinemas de São Paulo. Nas salas especiais do Shopping Cidade Jardim, o cliente come pipoca com azeite trufado e tem carta de vinho à disposição durante a projeção. O filme é detalhe. O ingresso custa 46 reais"
Alguns questionamentos surgem:
1 - ao dar essa nota, com esse título, o colunista esta querendo dizer que negros não podem pagar essa quantia, ou não podem frequentar esse ambiente ?
2 - ou ele acredita que exista realmente uma elite branca, num país essencialmente mestiço como o Brasil;
3 - a nota foi em tom de crítica ou exaltação? O autor pode dizer que foi uma simples nota, comentando um fato, mas e a escolha do título?
Agradecimentos ao Eduardo Goldenberg que, como sempre, abre os meus olhos e me enriquece...

 
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