quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A Favela e o Rio de Janeiro: uma história centenária

Um pequeno comentário sobre o Rio de Janeiro e as favelas.

http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/o,,MUL1391158-5604,oo.html

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

África em nós

Publico com um pequeno atraso. Na verdado o objetivo é agradecer o convite da professora Maria Cristina Prates Fraga.

Provérbio Africano

ÒRÌSÌRÌSÌ ÈDÀ lÓWÓ LÉ LÀJÈ, YÁTÒ FÙN ÉDÁ TÓJÀDÉ LÓWÙRÉ
Ao anoitecer a pessoa que entra na casa é distinta daquela que saiu ao amanhecer.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Fundo Monetário Internacional

Muitos me pediram esse link... mas essa postagem é dedicada ao Eugine... Abraços

http://www.imf.org/external/index.htm

terça-feira, 21 de julho de 2009

mais Ushuaia
















segunda-feira, 20 de julho de 2009

Ushuaia











Ushuaia - 1 dia




domingo, 19 de julho de 2009

Ushuaia


segunda-feira, 29 de junho de 2009

Economia Brasileira - uma comparação

A tabela fala por si.....

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Racismo, preconceito e o apartheid

No ano de 2005 adquiri no sebo de dois grandes amigos um livro indicado por eles sobre o infame regime do Apartheid. Ao vender-me o livro eles alertaram-me quanto a existência de anotações do antigo dono ao longo da obra. O Livro é bom, mas o fato que me mais impressionou foram os comentários feitos pelo antigo dono, que revelou-se um resoluto racista pelo teor de suas anotações. Mostrei o texto ao amigo Diego Moreira, que assina comigo esse texto, e fui estimulado por ele a escrever sobre essa questão. Convoquei-lhe às canetas e o resultado é o texto que publicamos agora.


O apartheid: poder e falsificação histórica, é o título do livro escrito pela francesa Marianne Cornevin e editado pela Unesco em 1979. O Livro conta o absurdo do apartheid, seu funcionamento e suas origens. Ao longo do texto a autora faz pesadas e fundamentadas criticas ao regime do que imperou na África do Sul até 1990. A obra reflete as criticas mundiais e o início do movimento internacional que levou ao fim deste regime execrável. O antigo proprietário do livro comprado no sebo tinha um hábito, comum a muitas pessoas, de comentar as idéias expostas no texto original, criticar e argumentar com o autor em anotações no final das páginas. O verme (vamos nos referir ao individuo sempre por este adjetivo) era, definitivamente, um imbecil, um preconceituoso e um defensor ardoroso da segregação racial. Certamente, uma mentalidade obtusa, encantada pelos pressupostos de teorias pseudo-científicas como o determinismo geográfico e o darwinismo social. Para provar isso vamos reproduzir alguns trechos do livro e os respectivos comentários feitos por ele.

O primeiro comentário, feito logo na capa do livro, é o seguinte: Esta é uma obra absurda pelo contra-senso de seus argumentos pretendendo condenar os atos de um povo que conquistou seus direitos com o prórpio sangue. Esta autora deve ser uma fanática comunista, ou uma liberal vendida aos interesses do comunismo internacional, que no momento luta para conquistar as riquezas do sul da África, usando a bandeira dos direitos humanos da negritude. Felizmente não passa de um sonho, um sonho tolo.

Na contra-capa o verme faz o seguinte comentário: Sistema muito usado na leitura periódica da Enciclopédia Soviética - reescrever a história de acordo com os interesses do momento. Aliás já estão aplicando este sistema aqui no Brasil, na tentativa de reescrever nossa história, maculando a memória de nossos antepassados - tal como Domingo Jorge Velho - o vencedor da "republica" dos Palmares. Ali ele liquidou a negrada que tentava se arvorar em fundadores de uma republica negra. Que os brancos, orgulhosos de sua condição como tal, não se deixem engodar por tais idiotices. No primeiro capitulo o livro mostra, através de dados e informações arqueológicas, o óbvio: que os negros ocupavam o sul da África muito antes dos brancos europeus chegarem. Na página 79 o verme faz o seguinte comentário: Muito bem, admitamos que os negros tenham chegado primeiro. E dai? Os nosso índios também estavam aqui antes de nós, mas a terra foi ocupada pelos nossos antepassados brancos por direito de conquista. E quem vai contestar esse direito? O mesmo se aplica a África do Sul. O verme desqualifica a autora com um comentário que só não omitimos para que todos tenham noção de como, verdadeiramente, trata-se de um estúpido. A besta-fera diz o seguinte: - Essa autora como uma boa francesa, naturalmente, deve dormir com algum negro. As Mulheres francesas têm dado ao mundo inúmeros exemplos desta tendência a deitar com negros, faz parte da sua mente devassa.

Na página 140, no último paragráfo a autora diz, com absoluta razão e quase profeticamente, o seguinte: Os ventos da história mudaram desde Soweto. Os brancos deixaram de ser os senhores absolutos da história da áfrica do Sul. Embora o poder governamental pareça assegurado por muitos anos, o negros já ergueram a cabeça. Afastaram o sentimento de inferioridade que constituia sua fraqueza. A pressão internacional apenas acelerá a sua emancipação inevitável. Então o verme escreve o seu último comentário: Será mesmo? Isto é o que desejam, mas não o que será. E, então, ficará provado inexoravelmente a superioridade dos brancos sobre os negros. Não é número que conta, mas o valor, como sempre aconteceu os brancos sempre serão os vencedores. Esta autora é uma sonhadora (...) Os negros ergueram a cabeça? Pois é, ergueram para que seja mais fácil decepá-la. Os negros jamais conseguirão dominar a África do Sul. Os brancos da Rodésia eram somente 250 000 e davam surras memoráveis nos negros, que eram 6 milhoes. De uma vez, apenas 72 brancos atacaram 5000 negros e mataram 1200, tendo somente do seu lado 5 feridos. Agora, imaginemos 5 milhoes de brancos, dispostos a tudo, contra 17 milhões de negros. Será ou não será uma sopa?

Para nossa felicidade, a história nos mostrou que o verme estava errado!!!!

Ao ler esses comentários, quisemos não acreditar no absurdo das suas idéias. Mas o que nos assustou, o que nos arrepiou, foi saber que o antigo dono (o verme), era um juiz aposentado, morador do bairro da Tijuca, no Rio de janeiro, sujeito de classe média alta. Por ocasião do seu falecimento a família vendeu para diversos sebos a sua biblioteca, e foi assim que o livro chegou até nossas mãos. É inevitável refletirmos sobre qual teria sido o destino de negros que tenham tido o azar de serem julgados em qualquer tribunal do país por este crápula. Publicamos este comentário afim de mostrar como o preconceito e a intolerância ainda existem. Para que não restem dúvidas e para provar que essa história absurda não é uma inveção de nossas férteis mentes, colocamos as imagens das anotações feitas pelo verme. Veja, você, leitor, com os próprios olhos, as imagens que estão no final do nosso texto. Pensando bem, cremos que os vermes cumprem com dignidade as suas funções no processo de degeneração da matéria orgânica. Este racista obtuso, que certamente julgou muitos homens pela cor da pele, não é merece a alcunha que lhe demos. Seria-lhe mais adequado o título de sub-verme.

Algumas imagens do Livro - com os comentários do verme ( só para que não restem dúvidas quanto a veracidade do nosso relato)



Se alguém desejar ver o livro é só avisar

Claudio Falcão e Diego Moreira

 
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